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     A cárie geralmente se inicia como uma mancha branca na superfície do dente, o esmalte fica opaco e esbranquiçado. As bactérias cariogênicas são naturais da boca de todos e serão adquiridas dias mais ou menos, mas elas por si não provocam a lesão de cárie. Para a formação dos  ácidos que desmineralizam o esmalte, as bactérias utilizam os resíduos alimentares da dieta, principalmente os carboidratos (pães, salgadinhos, bolachas, cereais, frutas) e alimentos açucarados (chicletes, balas, chocolates e refrigerantes). Estes alimentos ficam grudados na superfície do dente e formam uma película chamada placa bacteriana, hoje conhecida como biofilme. As bactérias vão aderindo à placa e alimentando-se dela. Durante esse processo, as bactérias produzirão ácidos que destruirão o esmalte, iniciando o processo. Quanto mais ácida for a placa bacteriana, melhor será o ambiente para as bactérias proliferarem. Assim, a cárie é uma doença biofilme-açúcar dependente que provoca lesões de desmineralização nas superfícies dentárias tanto da coroa dental (esmalte – de dentes decíduos ou permanentes) como nas radiculares (dentina).

     A boa notícia é que a Cárie é uma doença totalmente controlável. A melhor forma de prevenção será cuidar da dieta e da higiene bucal, atitudes que chamamos de odontologia caseira. Escovação três vezes ao dia com pasta de dentes com mais de 1000 ppm de flúor para todas as idades e o uso do fio dental diariamente. Se uma quantidade de pasta fluoretada do tamanho de um grão de arroz cru for usada, mesmo que a criança não saiba cuspir não haverá risco de fluorose. Com relação a dieta vale reforçar que o vilão da cárie também não é o açúcar consumido às refeições principais como sobremesa, mas sim o mal hábito que é transmitido de pais para filhos de “beliscar” o dia todo produtos açucarados (refrigerantes, doces, balas, leite adoçado, etc).

      A visita regular ao Odontopediatra também é imprescindível pois através de exame clínico criterioso, o profissional avaliará a atividade cariogênica e de acordo com a necessidade lançará mão de recursos preventivos como orientações, profilaxia profissional periódica, fluorterapia intensiva, utilização de selantes e outros. Não podemos esperar o aparecimento do problema para procurar um dentista, pois quando isto acontece a doença já está evoluída. Optar pela prevenção é a melhor escolha, menos traumática e mais barata!

Dra. Cláudia Aparecida de Oliveira Machado

Especialista em Odontopediatria / Ortopedia Funcional dos Maxilares/ Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular / Odontologia do Sono

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