No último dia 02/03 tive a oportunidade de participar do I Curso de Imersão em DTM – EMS Farmacêutica na fábrica EMS em Hortolândia. Os grandes mestres Paulo Conti e Juliana Stuginski fizeram a abordagem baseada em evidencias sobre os últimos avanços diagnósticos e terapêuticos do problema. Principais considerações:

• Não existe tratamento padrão para a Disfunção Temporomandibular (DTM). O modelo mecanicista no qual a dor é devido ao dano estrutural que quando removido cessa não é mais aceitável.
• Não existe suporte cientifico para relacionar as alterações oclusais como fatores etiológicos da DTM como se preconizou por longos anos. Portanto terapias irreversíveis como ortodontia, reabilitação para controle da dor não deverão ser adotadas.
• Para o correto diagnóstico do problema é fundamental que se compreenda os mecanismos envolvidos na gênese e manutenção da dor.
• Uma abordagem muito interessante é fenotipar o paciente, ou seja, identificar as características do indivíduo que possam predizer respostas ao tratamento, o perfil individualizado de cada paciente.
• Pacientes com mesmo diagnóstico poderão apresentar diferentes fenótipos somatossensoriais.
• Avaliar a capacidade de modulação inibitória da dor, identificar as alterações somatosensoriais, as características psicossociais, a qualidade do sono e os mecanismos da dor fazem parte desta abordagem.
• Muito importante é observar a relação temporal com outras comorbidades como cefaleias, cervicalgias e fibromialgia.
• O tratamento deverá visar o controle da dor, retorno da funcionalidade, reintegração social, prevenção da recorrência dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Dra. Cláudia Aparecida de Oliveira Machado

Especialista em Dor Orofacial e Disfunção Temporomandibular