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     A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada pela obstrução intermitente das vias aéreas superiores durante o sono. Estudos recentes relatam que a prevalência desse distúrbio em crianças varia entre 1,2 e 5,7%. No Brasil a incidência de ronco habitual na idade escolar é de 27,6%. Quando não tratada, as consequências podem ser sérias, muito além do sono de má qualidade.

    Na infância a SAOS tem características diferentes do adulto, podendo afetar o crescimento, o desenvolvimento cognitivo, aprendizagem, complicações cardiovasculares e problemas de comportamento.

    É preciso ficar atento nos sinais e sintomas da Apneia Infantil, uma vez que o diagnóstico e tratamento precoces poderão minimizar os impactos físicos, psicológicos e sociais. Os principais sinais e sintomas são: baixo desempenho escolar, oscilações de humor e irritabilidade, sonolência diurna em horários não comuns, fadiga, cansaço, dor de cabeça matinal. Durante a noite a presença de ronco frequente, pausas respiratórias, dificuldade de respirar pelo nariz, sono agitado. As vezes podem ocorrer a enurese noturno ( xixi na cama).

      Alguns fatores de risco para o problema são a obesidade, hipertrofia de adenoides e amigdalas, hipertrofia dos cornetos, desvios de septo. As alterações craniofaciais como atrofia da maxila, retrognatismo mandibular ( queixo para trás), mordidas cruzadas e doenças neuromusculares também são condições que podem levar a Apneia Infantil.

      O tratamento a ser instituído estará diretamente ligado ao diagnóstico da causa. Os recursos terapêuticos variam desde perda de peso, medicações e/ou cirurgias adenoide e amígdalas, tratamento corretivo com aparelhos ortopédicos funcionais, cirurgias ortognáticas e aparelhos de avanço mandibular para ronco e apneia. Ainda medidas simples denominadas “Higiene do Sono” como atividade física regular, horários regulares para dormir, alimentação leve a noite, ambiente calmo e com pouca luminosidade a noite poderão minimizar o problema.

    Entretanto, independentemente da opção de tratamento escolhida, é fato que o envolvimento multidisciplinar é fundamental. Médico Pediatra, Otorrinolaringologista, Endocrinologista, Odontologia – Ortopedia Funcional dos Maxilares, Ortodontia, Odontologia do Sono, Cirurgia Buco Maxilar, Fonoaudiologia, Nutricionista poderão ser requisitados.

Dra. Cláudia Aparecida de Oliveira Machado

Especialista em Odontopediatria / Ortopedia Funcional dos Maxilares/ Dor orofacial e Disfunção Temporomandibular e Odontologia do Sono

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